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segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Mistéiros da Guaicurus - Os ‘donos’ da Afonso Pena, uma puta virgem e mais – Sexo em BH, parte 9

Segundo as leis, a rua é pública. E o espaço público não pode ser taxado. Mas, conversando com mulheres e travestis na avenida Afonso Pena, descobrimos que cada trecho da avenida tem um valor que pode variar a partir de R$ 50.
Segundo as leis, a rua é pública. E o espaço público não pode ser taxado. Mas, conversando com mulheres e travestis na avenida Afonso Pena, descobrimos que cada trecho da avenida tem um valor que pode variar a partir de R$ 50.
“A medida que a avenida sobe o preço da ‘esquina’ aumenta. Aqui onde estou – próximo a Getúlio Vargas –  o dono da rua conhecido apenas como Eduardo ou Dudu cobra de cada garota R$ 50 reais por noite. Quem não paga no dia fica devendo e ele ameaça”. Eduardo ou Dudu, seria branco, magro, na faixa dos 40 e poucos anos, manco da perna direita. Ele conta com olheiras e olheiros responsáveis por recolher o dinheiro das meninas que ficam nos quarteirões. Esses mesmo “capangas” repassariam a ele os valores recolhidos, ameaçando  as que estão com pagamento atrasado.
Em áudios de WhatsApp conseguidos com uma garota de programa no local, é possível ouvir  Eduardo (Dudu) dizendo que tal área também é dele. Ele refere-se a dois quarteirões antes da avenida do Contorno. A foto do perfil não mostra o rosto do homem, mas uma imagem que refere-se à Polícia Civil. Para as garotas que trabalham no local, ele se apresenta como ex-integrante da corporação. Transcritas algumas mensagens dizem: “Até agora não falei nada de pagar ou não. Só estou dizendo que estou tomando conta daquele local também”.  Em outro áudio ele tenta convencer a mulher a se tornar uma olheira dele para recolher os valores do quarteirão. “Eu vou te dar uma moral. Você não vai precisar pagar e ainda pode me ajudar”, diz.
“Quando vem pessoalmente recolher o dinheiro, ele passa de Gol prata ou abordo de um táxi. Os taxistas muitas vezes parecem ser cúmplice pois alguns já até presenciaram as agressões dele contra mulheres aqui e nada fizeram”, revela uma das garotas que trabalha no local. Em outro áudio, ele manda recado dizendo que está esperando o dinheiro que uma das meninas deixou de pagar. “Fala para ela que ela está me devendo R$ 100. Quando é que vou receber?”, quer saber.
Outra menina que faz ponto na região revela que, quando a mulher se recusa a pagar, o tal Dudu manda homens a assaltarem, roubando seus objetos pessoais como celulares, bolsa e até o dinheiro. “Eu já vi mulher apanhar aqui, levar puxão de cabelo porque se recusou a pagar”, afirma. Antes do Eduardo (Dudu), elas revelam que um rapaz conhecido como Colibri era quem cobrava o “pedágio”, mas ele teria sido preso por tráfico de drogas no início deste ano. Após a prisão de Colibri, a extorsão passou a ser feita pela esposa dele que trabalhava como prostituta na avenida, mas que ameaçada por Eduardo, o Dudu, abandonou o posto. Em um dos áudios, Eduardo (Dudu) fala sobre Colibri. “Não me compare com o Colibri”.

Mulheres têm que pagar aos ‘donos da rua’ para fazer ponto na avenida Afonso Pena (Maick Hannder/Bhaz)

Segundo relatam, algumas mulheres já tentaram denunciar a extorsão à Polícia Militar (PM), mas os policias dizem que não tem como prendê-lo sem provas. “O papo nunca muda. Eles falam que a gente tem que ter prova. Que provas querem? Uma declaração ou um vídeo do cara dizendo que faz isso aqui? Ai fica difícil. Não adianta ficar sentado nesses pontos móveis da PM ou ficar subindo e descendo. É preciso estar mais presente, afinal ninguém faz isso com  barulho”, fala indignada uma das garotas.
Segundo a assessoria de imprensa da PM, não há registros de casos de extorsão na região. A capitã Molise Zimmermann Fonseca de Souza, assessora do Policiamento da Capital, explica que a gravação dos áudios de WhatsApp repassados pela reportagem do Bhaz à PM será encaminhada para a inteligência da corporação. O objetivo é averiguar a situação para que sejam tomadas as devidas providências.
Com relação a outros crimes, como furtos por exemplo, a PM afirma que o local apresenta baixo índice de registros. Para os casos de roubo, a PM informou por nota que houve redução de 35% em relação ao ano anterior, sendo registrados 13 casos nos oito primeiros meses do ano. Sobre agressões físicas, elas não teriam passado de apenas três no mesmo período.
Novatas são sabatinadas 
Além de enfrentar os donos da rua, as novatas que chegam diariamente à região em busca de uma esquina para trabalhar têm que enfrentar uma sabatina das mulheres que já estão na área. Elas são praticamente interrogadas pelas veteranas para descobrir os reais motivos que as levaram até lá. A elas é perguntado tudo: se é casada, se tem filhos, se sustenta casa, se tem familiares doentes, se trabalha em outro local. Mulheres que não tenham uma justificativa forte como filhos pequenos ou familiares doentes são colocadas para correr do local. “Hoje em dia isso aqui tá muito mais concorrido. Essa crise está trazendo muita mulher para cá. Se for só ‘sem vergonhice’ a gente avalia se pode ficar ou não. Subindo a avenida você vai ver um tanto de mulher novinha, tem até menina menor de idade em busca de dinheiro”, afirma J, veterana com 10 anos de avenida.
Há 20 anos T. é dono de um bar na região. É no local que muitas fazem um lanche antes de começar o trabalho. “Aqui elas comem, compram cerveja, cigarro. Eu já vi foi de tudo aqui. Mulher quebrar carro de cliente. Travesti também descer o cacete em cliente que tira onda ou não paga. Crimes inclusive com morte já ocorreram aqui perto. Hoje está bem melhor. Inclusive mulheres e travestis estão bem mais comportadas em relação a roupa, antes elas ficavam nuas”, relata.
Já T., muito simpático com quem chega ao estabelecimento, é visto por muitas mulheres da região como um amigo. “Eu não vou tratar elas mal. Elas têm o direito de fazer o que quiserem de suas vidas. Se cada um respeitar, teremos um mundo melhor e a verdade é que hoje elas já fazem parte deste local. Quem nunca ouviu falar das meninas da Afonso Pena?”, completa.
Clientes do bar revelam que já presenciaram mulheres e travestis em tempos passados armando para roubar os motoristas que procuravam por um programa no região. “Já vi aqui mulher seduzir homem e a travesti vir escondida e segurar o cara para juntas roubar o cliente”, revela um frequentador do bar que prefere não se identificar.

Maick Hannder/Bhaz

Os vestígios de sexo nas ruas que cortam a avenida Afonso Pena estão por todos os lados. Após o programa, algumas se limpam ali mesmo e jogam o papel higiênico na rua, onde é possível ver ainda preservativos utilizados. Além servir de local para o sexo, a rua é também onde elas fazem xixi e algumas refeições, compradas de um homem conhecido como “Gordinho”. Ele passa em seu voyage vendendo marmitex por R$ 12.
Um porteiro que trabalha em um prédio nas imediações da avenida Afonso Pena revela que as noites na região são bem movimentadas. “O povo aqui do prédio fica bravo, já cansaram de tentar tirar as meninas daqui, mas como podem ver não conseguiram. Pela manhã é comum encontrar preservativos na calçada. É só você ficar aqui um tempo e de repente para um carro. Os vidros ficam embaçados. As vezes consomem drogas, em outras sexo”, diz. A maioria dos prédios da região tem câmeras que parecem não inibir a pratica dos atos. Durante a noite, encontrar algum morador andando pelo local é algo bastante raro.
Experientes e decididas, as quarentonas da Afonso Pena
Com 20 anos de pista, P. exibe por trás do sutiã de pérolas seus seios turbinados. Aos 41 anos, ela veste uma calça apertada e já trabalha na avenida há mais de 10. As tatuagens estão por todas as partes. Acima do bumbum se destacam um par de olhos. P. conta que já passou temporadas na Itália que somam 7 anos. Ela diz ter passagem comprada para voltar ao país em janeiro próximo. No telefone, enquanto espera o próximo cliente, responde a mensagens de outros já conhecidos. Mostrando um por um, ela revela que conhece quase todo o batalhão da Policia Militar que faz o patrulhamento do local e muitos guardas municipais responsáveis pela ronda da região.”Eu sou a rainha aqui dos policiais e dos guardas que fazem o monitoramento na área. Eles sempre me perguntam se está tudo bem. Alguns já chamam para saber se estou na avenida. É cada um mais interessante do que o outro”, comenta ela que já foi casada, mas hoje não quer ter relacionamento sério. “Eu quero mesmo é ser livre. Ganhar meu dinheiro e cuidar do meu filho”.
A vida na noite para ela também não é uma tarefa fácil. “Nem todos os dias são flores, mas eu me divirto. Os homens chegam aqui  buscando o que não é aceito”. Afinal, pagando bem que mal tem”. P.  mostra no celular a foto de um garoto, de 16 para 17 anos, que segundo ela o pai o levou até a Afonso Pena para que ela tirasse a virgindade dele. ” Eu já tinha saído com pai. Num dia ele me mandou mensagem me falando que tinha uma tarefa para mim. Quando chegou era o filho que ele trazia no carro. Fomos para o motel. Ele ficou num quarto separado, enquanto no outro eu iniciava o menino”, conta.
Já região da Serra, numa esquina antes do Tribunal de Justiça, a cutibana M., de 40 anos, exibe o corpo em forma num vestido colado. A bota de salto dá altura à mulher de 1,65, de cabelo chanel. É domingo e a mãe de três filhos, sendo duas meninas adolescentes, moradora da região da Pampulha, dá expediente no local. M. nos revela que chegou na prostituição há 7 anos. “Eu nem sonhava em fazer programa. Confesso que até repudiava. Antes nunca tinha feito sexo por dinheiro. Trabalhava com tudo que aparecia como diarista, promotora de supermercado. Mas um dia as contas estavam chegando e a geladeira vazia e meus filhos ali passando necessidade. Durante um desabafo com um colega para quem pedi dinheiro emprestado, ele me falou que poderia me apresentar um local para que eu ganhasse uma grana rápida”, relembra.

Maick Hannder/Bhaz

O tal colega apenas teria dito para que ela colocasse um vestido mais sexy e bonito e um belo salto alto. Naquele dia, ela conta que subiu na moto do colega e seguiu sem saber para onde iriam. “Quando ele entrou na Afonso Pena, eu vi que ele começou a subir sem parar. Eu não conhecia a avenida Afonso Pena depois da  Praça Sete. Ele parou a moto um pouco depois do McDonald’s do Cruzeiro e falou: ‘desce, é aqui’. Eu olhei para ele e disse: aqui como? Isso é a rua. Na hora a ficha caiu e eu perguntei: é  programa? Fiquei assustada. Ele me fez prometer que eu ia só ganhar o dinheiro para pagar minhas dívidas e depois sair dessa ‘merda’. E olha onde estou nesses 7 anos?”. Apesar do colega ter dado todas as dicas, ela conta que o primeiro cliente notou que ela não tinha muito jeito na negociação e na hora de fazer o trabalho. “Ele ficou louco comigo. Pediu para fazer assim e assado. Eu era uma puta virgem, em início de carreira e isso o deixou extremamente excitado”, conta ela, que hoje é procurada por homens mais novos.
De lá para cá, ela perdeu a conta de quanto já faturou. “Em épocas boas, eu cheguei a tirar na rua uns R$ 5 mil reais numa noite. Sem contar os presentes como TV, celular, viagens que os clientes me davam. Hoje a situação está mais difícil e por isso estou aqui em pleno domingo”. Sobre os homens que passam pelo local, ela os classifica como verdadeiros lixo. “Tem cada homem nojento e não só com relação a ser feio ou bonito, mas com relação a atitude com uma mulher. Tem uns que têm repulsa de puta depois que goza. Chegam a jogar o dinheiro no chão. Nem olham na nossa cara. É sempre deprimente ouvir coisas do tipo, mas como dizem são ossos do ofício”, detalha ela antes de contar que chegou a namorar com um dos clientes. O homem a deixava no ponto para trabalhar e a buscava no final do expediente.
Antes de entrar no carro do próximo cliente, M. revela que costuma cobrar R$ 100, mas que dependendo do carro e da cara o valor pode subir ou ganhar desconto. “Aqui é no cara crachá. Você olha o carro e fala o valor. Mas costumo colocar um valor para negociar. Ai subo ou desço de acordo com que eu perceber na hora”, revela uma de suas estratégias de negociação.
Na mesma esquina, H. aguarda sentada na porta de um banco os clientes piscarem o farol do carro. “Ixi, eu não quero falar da minha vida. Eu quero dizer apenas que todo mundo nasce para o que é. Cada um de nós tem sua missão. Você, eu, e a pessoa que está passando lá do outro lado”. H. não quer falar sobre sua rotina na avenida. Diz que vai todos os dias, menos às segundas e quintas, porque estuda Allan Kardec. Segundo ela, o espiritismo a ajudou a entender a vida de uma maneira mais ampla, não ficando apenas presa no aqui e agora. “Eu acredito que tudo é como é. Estamos vivendo nosso resgate”, revela com voz mansa, a mulher que não abusa das roupas sensuais e provocantes, tem um leve batom nos lábios e veste um casacão para se proteger do vento frio que sopra da Serra do Curral.
Descendo a Avenida
Descendo a avenida Afonso Pena, não é fácil distinguir quem é mulheres de travestis. No quarteirão antes da avenida do Contorno, da Praça Milton Campos, próximo a rua Caetano Dias, é possível avistar um grupo que aguarda para fazer programas. As travestis conversam, dançam, fumam e bebem cerveja enquanto acenam para motoristas. De longe, avistamos o momento em que um carro com três rapazes as aborda. Uma delas vai até o veículo. O carona da frente e o passageiro de trás negociam o programa. O passageiro de trás chega a apalpar o bumbum dela. Eles levam aproximadamente 10 a 15 minutos negociando, mas o carro parte sem ela.
É neste cenário que conhecemos N., 24 anos, 1,95m, pele morena e cabelos. Na avenida há 5 anos, para não assustar a clientela pela altura, ela trabalha usando uma sandália rasteirinha e um short jeans bastante justo. Os traços do rosto lembram a cantora Rihanna. Ela passa o tempo a espera do cliente junto de duas colegas travestis de pensão e de pista. Na aproximação, ela conta arredia que o movimento está fraco em pleno sábado e já passa das 4 h.  “Acho que hoje os homens estão com medo de dar. Só param, perguntam o valor e quantos centímetros de dote ‘euzinha’ tenho. Hoje ninguém está querendo gozar. Tudo culpa da crise. Que Deus nos defenda”, diz em tom de humor. N. comenta que nos últimos anos a renda caiu bastante. “Tem dias que você não faz nada e tem dias que é maravilhoso. Eu com minhas amigas fizemos na semana passada num único programa quase R$ 10 mil reais divididos entre nós três”, revela.
Enquanto a entrevista acontece, o vai e vem dos carros e motos continua. O grupo se desfaz. Uma dela atravessa a avenida para comprar cerveja do outro lado da rua. N., a Rihanna da Avenida Afonso Pena, entra no carro e desce a avenida. A terceira que estava no grupo é abordada por um motociclista depois de várias voltas. Ele entra na rua Caetano Dias, acesso a praça Milton Campos. O homem de longe tira o capacete. A negociação avança. F. caminha pela rua até desaparecer no vão de uma garagem. O motociclista a segue até o mesmo local. Ele atravessa a rua com o capacete na cabeça, talvez para não ser notado. É possível em poucos passos ver que ela está fazendo sexo oral nele e que o programa ainda inclui anal. Em menos de 15 minutos, o programa é finalizado. A travesti volta se arrumando para a avenida Afonso Pena, enquanto o cliente saí logo depois em disparada pela rua. À reportagem, T. respondeu que o rapaz estava um pouco nervoso porque voltava do trabalho e não podia demorar a chegar em casa. Conta que pelo programa recebeu R$100 por pouco menos de 15 minutos com um cliente, incluindo oral e anal.
Cenas como essas, segundo o atendente de um trailer tradicional na Praça Milton Campos, são corriqueiras na região. “Ixi. Isso é todo dia. Tem dias que rola sexo na avenida mesmo. Já vi até motoristas pagando boquete nas bonecas. Tudo aqui de camarote”, comenta C.

Maick Hannder/Bhaz

De volta à praça, N., a Rihanna da avenida, desce do carro de onde também desce quem ela chama por mãe. Com 50 anos, Desirre Charini nos conta que ela foi a pioneira em prostituição de travesti na avenida. “Eu fundei isso aqui. Me aposentei há mais de 10 anos. Eu trabalhava mesmo na avenida Bias Fortes. Na verdade na av. Afonso Pena eu nunca trabalhei, mas eu trouxe as meninas para cá. Não tinha travesti aqui, só mulher e eram poucas, isso nos anos de 1990”. Desirre rejeita o título de agenciadora ou mesmo cafetina. “Eu só alugo quartos para elas no Barro Preto. Tenho um apartamento lá. O que elas ganham aqui é delas. Fora isso eu dou uma assistência quando elas precisam. Ajudo a levar ao hospital quando doentes, separo brigas entre elas, se forem assaltadas eu venho e corro atrás, socorro elas em caso de agressão”, explica.
Durante a conversa, ela lembra as travestis mortas e agredidas na região. “A gente nunca sabe até onde a maldade do homem chega. A rua te mostra muito isso”. Aposentada, ela diz que não faz mais programas para sobreviver, mas adora ganhar uns R$ 50 dando nas palavras dela a “bucetinha”, conquistada após uma operação de vaginoplastia.  Ela conta que gosta de ganhar dinheiro e de uma boa farra. “Acredito que o amor é uma bobagem, que os homens inventaram para nos comer de graça”, finaliza.
Abaixo da avenida do Contornoa travesti C, de 24 anos, é natural de Maringá, no Paraná. Ela revela que está em BH a dois meses. Quando não está na Av. Afonso Pena, trabalha na Orla da Lagoa da Pampulha. Com poucos meses de BH, ela lembra momentos de violência quando um assaltante se passando por cliente tentou roubá-la usando de uma faca. Na avenida ela cobra R$ 50 por programa, para no mínimo 30 minutos, mas depende do que o cliente pede ela pode aumentar.
C. vive em uma pensão com diária de R$ 40, que inclui café da manhã e almoço para travestis no bairro Piratininga, na região de Venda Nova. Tal como suas companheiras de avenida, ela também diz que o movimento não está bom. “Com o dinheiro que tiro aqui pago minhas despesas e também faço minha hormonização”, diz ela, para, logo em seguida, apressar-se em direção a mais um carro que para logo a frente dando sinal.
E assim a vida segue para o futuro na velha avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte – essa senhora de quase 120 anos -, que assiste noite após noite os desejos mais secretos a rondar quem passa pelo local.
Fonte: BHAZ

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