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segunda-feira, 26 de junho de 2017

Pró-Esia - Fábrica de Versos... Cidadão quem?

Estive pensando no caso do ator preso. Assunto complicado para se tratar. Mas agora a noite, esse assunto ficou mais vivo em minha mente. Sim, na verdade, dilacerou minha mente a noite. Vinha de um entrevista de emprego. 
Eu e Meia-noite(nome da minha moto velha), quando numa blitz fui parado. Fui parado nos moldes da velha repressão aos mais pobres. Um policial mandou-me parar, outro vindo por atrás de mim com uma mão na arma e outra no meu ombro, mandou-me desligar a moto e tirar o capacete. 
Tive uma primeira revista já em cima da moto. Assim que terminou, mandou-me descer da moto, colocar as mãos na cabeça e abrir as pernas para uma segunda revista. Isso tudo acontecendo no meio da pista. Além do sentimento de marginalização já me corroendo as entranhas, vi ao meu lado, um carro que parece ser importado parar por causa do fluxo do transito ser mais lento pela blitz policial. O carona olhou para mim e disse ao motorista que parece que estavam prendendo um marginal. Fiquei extremamente puto. 
Após todas as revistas, consultas aos documentos e eu ser
Estive pensando no caso do ator preso. Assunto complicado para se tratar. Mas agora a noite, esse assunto ficou mais vivo em minha mente. Sim, na verdade, dilacerou minha mente a noite. Vinha de um entrevista de emprego.
Eu e Meia-noite(nome da minha moto velha, que por sinal, sou motoboy também), quando numa blitz fui parado. Fui parado nos moldes da velha repressão aos mais pobres. Um policial mandou-me parar, outro vindo por atrás de mim com uma mão na arma e outra no meu ombro, mandou-me desligar a moto e tirar o capacete. 
Tive uma primeira revista já em cima da moto. Assim que terminou, mandou-me descer da moto, colocar as mãos na cabeça e abrir as pernas para uma segunda revista. Isso tudo acontecendo no meio da pista. Além do sentimento de marginalização já me corroendo as entranhas, vi ao meu lado, um carro que parece ser importado parar por causa do fluxo do transito ser mais lento pela blitz policial. O carona olhou para mim e disse ao motorista que parece que estavam prendendo um marginal. Fiquei extremamente puto. 
Após todas as revistas, consultas aos documentos e eu ser "inocentado"(pobre no Brasil é culpado por alguma coisa, até por portar pinho sol.), perguntei ao policial se queria conferir minha carteira de trabalho. 
Mas nenhum outro condutor está sendo tratado daquela forma. Será que é pelo fato da moto ser velha? Será que é minha cor? Será que é o estereótipo? Escrevo essas linhas por que estou puto. Estou puto com a sociedade que vitimizam um ator da Globo com sua crise de "SABEM COM QUEM ESTÃO FALANDO?" já que a periferia é pisoteada o tempo todo e a sociedade está pouco se fodendo para ela. Que a periferia apanha no escuro enquanto os holofotes miram os senhores de engenho. 
 Vivemos sendo doutrinados a ter a SOLIDARIEDADE BURGUESA em que rico que morre no tráfico vira mártir e que pobre tem que ser exterminado mesmo. Que os bajuladores dos burgueses que não são burgueses comecem a prestar mais atenção a sua volta. Esse é apenas um desabafo de um cidadão qualquer.
Fonte: Mémórias - Romney Mesquita

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