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segunda-feira, 22 de maio de 2017

Pai do primo preso de Aécio: “para o bem do Brasil, sua carreira política está encerrada”

O desembargador aposentado Lauro Pacheco de Medeiros Filho admitiu ao Estadão e à Agência Pública ser o autor de um texto que circula no facebook em que condena a atitude de Aécio de ter mandado seu filho Frederico Pacheco de Medeiros, o Fred, pegar dinheiro na JBS em Minas Gerais para supostamente pagar seu advogado (o dinheiro foi parar em uma das empresas da família Perrella, a dona do famoso helicóptero). Fred está preso e Aécio solto.
O desembargador afirma no texto que, “para o bem do Brasil”, a carreira política do sobrinho está encerrada.
“Aécio: Meu filho Frederico Pacheco de Medeiros está preso por causa de sua lealdade a você, seu primo.
Ele tem um ótimo caráter, ao contrário de você, que acaba de demonstrar não ter, usando uma expressão de seu avô Tancredo Neves, o ‘mínimo de cerimônia com os escrúpulos’.
O pai do primo que Aécio Neves disse em gravação, “de brincadeira”, que ia matar antes que delatasse resolveu se pronunciar nas redes sociais.
O desembargador aposentado Lauro Pacheco de Medeiros Filho admitiu ao Estadão e à Agência Pública ser o autor de um texto que circula no facebook em que condena a atitude de Aécio de ter mandado seu filho Frederico Pacheco de Medeiros, o Fred, pegar dinheiro na JBS em Minas Gerais para supostamente pagar seu advogado (o dinheiro foi parar em uma das empresas da família Perrella, a dona do famoso helicóptero). Fred está preso e Aécio solto.
O desembargador afirma no texto que, “para o bem do Brasil”, a carreira política do sobrinho está encerrada.
“Aécio: Meu filho Frederico Pacheco de Medeiros está preso por causa de sua lealdade a você, seu primo.
Ele tem um ótimo caráter, ao contrário de você, que acaba de demonstrar não ter, usando uma expressão de seu avô Tancredo Neves, o ‘mínimo de cerimônia com os escrúpulos’.
Vejo agora, Aécio, que você não faz jus à memória de seu saudoso pai, o deputado Aécio Cunha. Falta-lhe, Aécio, qualidade moral e intelectual para o exercício do cargo que disputou de presidente da República.
Para o bem do Brasil, sua carreira política está encerrada.
Ass. Lauro Pacheco de Medeiros Filho
Desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais”
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Ao repórter Lucas Ferraz, da Pública, Lauro Medeiros falou mais. Disse que Fred “fez aquilo de boa fé. Fiquei com um sentimento de revolta muito grande com o Aécio. Sempre fui um admirador dele, mas a decepção é grande, com aquela imagem de bom moço…”
Na semana passada, trechos do diálogo gravado entre Fred e o diretor da JBS, Ricardo Saud, revelados pelo portal UOL, já demonstram o desconforto do primo de Aécio em fazer o serviço sujo de pegar o dinheiro. “Outro dia eu estava pensando, acordei à 0h30, o que eu tô fazendo? O que eu tenho com isso? Eu não trabalho pro Aécio, eu sou empresário. Trabalho pra caralho, Ricardo. Você, não. Você trabalha para uma empresa, tem uma razão de estar aqui fazendo este papel. E eu, cara? O que eu ganho? Rosca. Eu só tenho a perder. Tenho com Aécio um compromisso de lealdade que o que precisar eu tenho que fazer. Eu falei: ‘olha onde eu tô me metendo’.”

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